Aqueles que gostariam de saber um pouco mais do que está sendo divulgado via Face, Instagram ou WhtasApp encontrarão dados, fatos e números verificados na literatura científica ou nos diversos eventos. A leitura nem sempre é fácil, mas este nosso mundo também não. Mas talvez informações reais possam ajudar a preservar este nosso mundo e sua biodiversidade! A decisão é sua!


22 de março – Dia Mundial da Água

Criado em 1993, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial da Água é comemorado anualmente em 22 de março. A data inspira em todo o globo ações que vão de encontro à agenda que propõe água e saneamento para todos até 2030. Neste ano, a campanha problematiza a poluição desse recurso natural presente também no subterrâneo.

A fim de integrar a celebração, o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), do 
@mcti, convidou diversos pesquisadores e especialistas do País para um circuito de painéis virtuais sobre “A água invisível e visível no Norte e Nordeste do Brasil”. A atividade tem início às 9h e contará com transmissão no canal do Cetene, no YouTube.

Participam desta programação, o Instituto Nacional do Semiárido (Insa) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Dentre os nomes que estarão presentes, figuram o biólogo Ricardo Braga, professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o geólogo Márcio Luiz da Silva, especialista em Conservação e Manejo de Recursos.

Confira a programação completa em gov.br/cetene


 

Satellite data on deforestation in the Brazilian Amazon

 

Oliveira, M.C., Siqueira, L. (2022).

Digitalization between environmental activism and counter-activism: The case of satellite data on deforestation in the Brazilian Amazon.

Earth System Governance, Volume 12, April 2022, 100135

https://doi.org/10.1016/j.esg.2022.100135

 


Pronounced loss of Amazon rainforest resilience since the early 2000s

A resiliência da floresta amazônica às mudanças climáticas e de uso do solo é crucial para a biodiversidade, o clima regional e o ciclo global do carbono. O desmatamento e a mudança climática, através do aumento da duração da estação seca e da freqüência da seca, podem já ter empurrado a Amazônia para perto de um limiar crítico de retorno da floresta tropical. Aqui, quantificamos as mudanças de resiliência da Amazônia aplicando indicadores estabelecidos (por exemplo, medindo a autocorrelação lag-1) aos dados de vegetação detectados remotamente com foco na profundidade óptica da vegetação (1991-2016). Descobrimos que mais de três quartos da floresta tropical amazônica tem perdido resiliência desde o início dos anos 2000, de acordo com a abordagem de uma transição crítica. A resiliência está sendo perdida mais rapidamente em regiões com menos chuvas e em partes da floresta tropical que estão mais próximas da atividade humana. Fornecemos evidências empíricas diretas de que a floresta tropical amazônica está perdendo resiliência, arriscando-se a um dieback com profundas implicações para a biodiversidade, armazenamento de carbono e mudança climática em escala global.

 

 

 

Artigo em Nature Climate Change 

 

Boulton, C. A., Lenton, T. M. & Boers, N.

Pronounced loss of Amazon rainforest resilience since the early 2000s. 

Nat. Clim. Chang. 12, 271–278 (2022). https://doi.org/10.1038/s41558-022-01287-8